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quinta-feira, 13 de novembro de 2008

PESQUISAS ABOLIÇÃO ANIMAL

Direito do individuo animal
Concluamos, portanto: está mais que na hora de nos despirmos de nossos preconceitos antropomórficos e entendermos finalmente que a percepção ética da Alteridade dos animais não é uma veleidade intelectual, ou um capricho contemporâneo, mas – além de um imperativo ético radical – uma questão de sobrevivência, e sobrevivência não apenas dos animais não- humanos, mas muito especialmente do único animal sobre o qual recairá a responsabilidade do fracasso absoluto, se a antevisão da catástrofe ético-ecológica que se insinua nas consciências lúcidas se realizar.
Ética e animais – Reflexoes desde o imperativo da alteridade, Ricardo Timm
Isso pode ocorrer co mo na escravidado sem emenda constitucional, pois quando o incisl Vll do art 225 dispoe que incumbe ao poder publico e a coletividade proteger a fauna, sem qualquer distinção, proibindo condutas que submetam os animais a crueldade, ela autoriza o próprio legislador ordinário a decretar a abolição de toda e qualquer exploração dos animais.
Ou seja os humanos utilizam o mesmo critério racista e sexistas ao lidar com situações que afetam interesses de animais não-humanos, esquivando-se de aceitar o desafio de raciocínio ético e preferindo ficar presa a uma tradição cultivada no preconceito.
PELO FIM DA ESCRAVIDAO ANIMAL!
Os animais não existem em função do homem, eles possuem uma existência e um valor próprios. Uma moral q não incorpore estas verdade e vazia. Um sistema jurídico q a exclua e cego. Tom Regan, fiulosofo norteamericano
INTRODUÇAO
Conhecemos, no Brasil, o termo abolicionismo, e seu correlato abolicionista, por designar o movimento de libertação dos afros-brasileiros, do regime de escravidão. O termo abolicionista difundido para para identificar a luta pelo fim do regime de escravidão.
“A questão”, escreve Bentham, “não é saber se os animais falam ou pensam, mas se são capazes de sentir dor e de sofrer”. Essa, afinal, é a questão que orienta nossa forma de tratar recém-nascidos de nossa própria espécie.
As éticas críticas de Peter Singer e de Tom Regan rompem com tais pressupostos. Para Singer o que deve distinguir os seres em relação aos quais temos ou não deveres morais, e especialmente o dever de considerar igualmente os interesses semelhantes, é a capacidade de sentir dor e de sofrer (sensibilidade e consciência), e não, como bem o apontou
Tom Regan, por sua vez, adotando a estratégia de análise dos critérios que nos levam a decretar que certos seres têm direitos morais, defende que sejam extensivos a outros seres não humanos os mesmos direitos morais que respeitamos em relação a seres humanos incapazes de falar e de raciocinar. Essas duas propostas éticas constituem os temas a serem abordados nos Colóquios 2 e 3.
. Temos o direito de conservar hábitos e tradições que não podem ser justificados do ponto de vista ético?
ara citar esse trabalho use: FELIPE, Sônia T. Princípios éticos para uma justiça global. In: FELIPE, Sônia T. e NEGRÃO, Silvio Luiz. Curso de Extensão em Ética Global. Florianópolis: UFSC/Doutorado Interdisciplinar Sociedade e Meio Ambiente; Departamento de Filosofia, Auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas, 25 de abril de 2003.
Se a resposta for negativa, instrui Kant, não estamos certamente agindo moralmente, pelo contrário, estamos a abrir uma exceção para nossos interesses privados, na espera de que todos sejam compreensivos conosco, ou, quem sabe, sequer percebam que estamos a nos apropriar ou a destruir bens que, com nosso raciocínio, não reconhecemos devam ser apropriados por quaisquer indivíduos ou destruídos por outros. Se minha ação só pode ser justificada porque atende aos meus interesses, mas não aos interesses razoáveis (morais) de todos os seres dotados de razão e de boa vontade, então ela não é moral, embora possa ter justificativas de outra ordem: econômicas, afetivas, estéticas, etc..
Podemos analisar o caso da criação intensiva de animais para a morte. A questão poderia ser formulada do seguinte modo: se nossos antepassados em Santa Catarina tivessem adotado o atual modo de produção de animais em massa para o consumo de carnes, e com isso deixado ao final, por exemplo, o equivalente em efeitos colaterais (fezes, urina, cama de aviários, destruição das águas, do solo, do ar, e indiferença para com o sofrimento animal) correspondente a, digamos, 120 anos de carnivorismo exacerbado, concordaríamos que tal prática devesse ser mantida, e conseguiríamos provar que o montante de benefícios supera o da devastação da vida animal e a catástrofe ambiental que essa forma de produção representa? Concordaríamos, além disso, que estariam a agir moralmente bem os humanos das próximas 10 gerações, caso insistissem eles também em continuar a produzir animais para consumo humano, do jeito que o fazemos atualmente, ainda que os números do desastre fossem semelhantes aos que hoje já podemos conferir? Vejamos: para dar resposta é preciso computar os supostos 120 anos de prática de nossos antepassados, os, digamos, 20 anos de nossa própria, e mais outro tanto da prática das futuras gerações. Esse é o montante de efeitos colaterais a serem considerados.
A ética se obriga a apresentar uma justificação para as ações morais, e tal justificação só é possível se for clara a evidência de que as ações contribuem para o bem de todos os afetados por elas. Esse bem, por sua vez, deve ser reconhecido a partir da perspectiva dos afetados, não do sujeito que toma a decisão, pois seu poder alcança domínio sobre tudo o que sua cobiça elege como fim a ser alcançado.

4.2. Temos o direito de produzir efeitos colaterais devastadores para humanos, animais e natureza ambiental, em nome dos nossos costumes e tradições?
As perspectivas éticas críticas não autorizam os seres humanos a preservarem costumes e a cultivarem tradições que violem os princípios estabelecidos como necessários para definir os limites da liberdade humana no que tange a respeitar seres dotados de valor, por sua natureza mesma, e não por sua utilidade para aumentar os lucros humanos. Do ponto de vista da justiça, da responsabilidade, da igual consideração de interesses e do respeito por seres dotados de valor inerente, nenhuma tradição merece ser cultivada se representa uma afronta ao que uma análise apurada da moralidade da prática em questão apontar como um bem a ser preservado. Caso nossos antepassados não tenham percebido o valor de determinadas formas de vida, ou não tenham conhecido a natureza dos seres usados para atender seus interesses, isso não nos autoriza, com os conhecimentos que temos sobre a natureza de tais seres e sua capacidade de sentir dor e de sofrer, a continuar a os tratar como se fossem meros autômatas, destituídos de experiências mentais, de consciência de suas experiências dolorosas e das privações que lhes infligimos com a captura e o confinamento. A ignorância de nossos antepassados não pode servir de justificativa para nossos costumes, pois não temos sua inocência.
Atenciosamente, por agencia humanidade, Dario Correa, educador social e pesqiusador.
Os Bois - Affonso Romano de Sant´Anna
De madrugada matam os boisque comemos ao amanhecer.No entanto, eles tinham seus projetos:comer a erva da manhãmascar o azul do entardecer e cercados de aves e borboletasir adubando o dia por nascer.

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