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sábado, 3 de janeiro de 2009

Escola Humanidade

Detalhes do projeto didático a ser desenvolvido na Penitenciaria Estadual de Sant'Ana do Livramento

Projeto Liberdade/Centro Orientador

Objetivo Fundamental: Sociabilizar o indivíduo (ajustá-lo à sociedade em que vive)

Finalidades Gerais: Educar, e não apenas ensinar. Desenvolver a personalidade/consciencia/moral. Preparação para a vida em sociedade. Tornar o indivíduo útil a comunidade.

Objetivos específicos: Educação Integral

a) Educação Formal: Linguagem, matematica e conhecimentos gerais.

b) Educação Moral: Formação do caráter do indivíduo.

c) Educação Social: Adquisição de comprtamentos sociais, por parte do indivíduo, ensiná-lo a cooperar, a ser útil ao próximo, a sua comunidade.

d) Educação Física: Saúde, alimentação, higiene do indivíduo, ginásticas/esportes.

e) Educação Religiosa: Formação da alma do indivíduo, ensinar o respeito a Deus e as Leis Divinas.

f) Educação para o trabalho: Desenvolvimento dos hábitos de trabalho.

g) Educação Cívica: Amor à Pátria e a seus grandes vultos; formação de uma consciencia crítica/democrática: de respeito ao regime, as leis, as instituições, a opinião da maioria.

i) Educação Artística: Canto orfeónico, musica, desenho, modelagem.

Em suma o Centro Orientador deve dar Educação Integral, atendendo a todas as estruturas que compõem a alma humana.

Do ponto de vista social o indivíduo não saberá viver num regíme livre se não se preparar num regíme idéntico. Sem liberdade o homem não pode preparar-se para a liberdade.
Liberdade não deve jamais ser sinónimo de desordem.
Em nome da sua liberdade, ninguem deve ter o direito de prejudicar a liberdade alheia.

Formar o homem para a atividade Nacional, e não para o parasitismo das repartições públicas; e por outro lado o funcionamento do Presídio como órgão social.

*Obs. O desajustado é um homem que tende a revoltar-se contra as instituições sociais, governos/religiões. As vezes contra outros homens e comete crimes; as vezes contra si mesmo, e suicida-se. Na hipótese de não se revoltar o desajustado torna-se apático, incencível, indiferente, cético; sendo prejudicial a si próprio e a coletividade.

O homem

Há cerca de 3 milhões de anos, num acampamento, no Quenia, perto da costa leste do espetacular lago Turkana, anteriormente chamado lago Rudolf, um ser humano primitivo pegou um seixo, e com alguns golpes habilidosos transformou-o num implemento. O que fora antes um acidente da Natureza, era agora uma peça de deliberada tecnologia a ser usada na modelagem de um galho para desenterrar raízes ou para retalhar a carne de um animal morto. Abandonado logo em seguida pelo seu criador, o implemento de pedra ainda existe, um elo inquebrantável com os nossos ancestrais. Junto com muitos outros, esse implemento está preservado no Museu Nacional do Quenia, em Nairóbi. É palpitante pensar que as mãos que hoje podem segurar essa ferramenta e as mentes que podem contemplá-la, partilhem da mesma herança genética das mãos que a moldaram e da mente que a concebeu.

Richard Leakey

QUAIS SÃO AS LEIS UNIVERSAIS?

Muitas Leis Universais já são conhecidas e todas elas são muito simples, como voce verá. A simplicidade é tão clara, que voce podera ficar atonito, não acreditando que a humanidade pudesse levar tantos milenios para adotá-las.

Jesus, para dar um exemplo que desfará seu espanto, mostrou o Caminho, a Verdade e a Vida, mas, ao fim e ao cabo, reconheceu: "Tendo olhos não veem e tendo ouvidos não ouvem". Má vontade? Não, ignorancia. Falta de condições para alcançar a mensagem do Mestre.

Para enxergar a dimensão redentora da mensagem do Cristo, havia que evoluir mais. Naquele estágio, seria dificil sintonizar com as verdades que ele trazia.

Entre num presídio e verá uma multidão de bandidos, assassinos, violentos, desgraçados, inúteis. Todos condenados, sem liberdade, sem vivencia familiar, sem felicidade, sem dinheiro no mais das vezes, sem segurança, sem destino, sem perspectiva futura. Mas, então, por que não mudam de vida? Se esse caminho leva a desgraça, ao sofrimento e a infelicidade, por que não deixam essa malfadada estrada? Ora, porque não enxergam outra forma de vida. Tendo olhos não veem, tendo ouvidos não ouvem. A suprema ignorancia faz a suprema maldade. Pra enxergarem nova vida, é preciso que haja evolução na mente desses indivíduos. Quem os esta tirando desse submundo mental macabro?

Desgraçadamente, o Estado ainda não evoluiu a ponto de perceber que, sem fazer esses marginais mudarem a visão mental, jamais mudarão de vida, por piores que sejam os castigos. O Estado, então, comete a ignorancia de não providenciar instrução e educação maciça de dez horas por dia a esses infelizes. Com todos os recursos pedagógicos, psicológicos, psiquiatricos e religiosos que existem no país, com tantos instrutores e educadores cheios de boa vontade que podem ser recrutados na sociedade, lá ficam esses indivíduos aperfeiçoando-se na escola do crime, esperando oportunidade para ensanguentar-se novamente. Tendo olhos não veem, tendo ouvidos não ouvem.

É de se peguntar: Quem será mais culpado ou responsável pela situação: o Estado ou os bandidos?

O criminoso esta aí porque não conhece o caminho verdadeiro da vida; o Estado aí os colocou porque diz que conhece o caminho da vida. A acusasão maior, portanto, de cegueira e de surdez, não cairía sobre o Estado?

Do livro "Apresse o Passo Que o Mundo Esta Mudando", Lauro Trevisan.

Como posso saber se tenho habilidade para liderar pessoas?"(Patrícia Rebelo)

"Você certamente tem.
Liderança é a capacidade de influenciar um grupo. Líderes têm ambição, energia, conhecimento, autoconfiança e iniciativa. E é exatamente esta última palavra — iniciativa - que costuma gerar dúvidas. Porque tem gente que prefere ser liderada, e por isso imagina que não vai saber liderar. Vou lhe dar um exemplo prático. Uma empresa promoveu um curso de liderança para seus funcionários. Ela os levou para a beira de um rio. E cinco funcionários, escolhidos ao acaso, foram colocados em um barco.
Cada um só tinha um remo, e nenhum deles foi previa­mente escolhido como líder. Todos eram iguais. O objetivo era levar o barco até a linha de chegada, 100 metros adiante. O barco foi solto e a primeira reação foi de pânico. Cada um remava no próprio ritmo, e o barco não endireitava. Mas não demorou nem meio minuto para que um dos cinco começasse a orientar os outros quatro. Coordenando o ritmo das remadas e mantendo a direção correta. Esse era o líder? Sem dúvida. Só que, quando o barco atingiu a linha de chegada, esse líder foi retirado do barco. Os quatro seguidores voltaram ao ponto de partida, e o barco foi solto novamente.
Aí veio a surpresa: um dos quatro imediatamente assumiu a posição de líder. E o barco chegou de novo a seu destino. Aí, saiu do barco o segundo líder, e ficaram os três se­guidores. E o barco fez o percurso novamente, sem afundar, porque um dos três liderou os outros dois. Liderança, o exercício mostrou, todos tinham.
A diferença é que, enquanto a maioria fica pensando no que precisa aprender para se tornar um líder, uns poucos já saem liderando. Todos somos líderes. Mas, na prática, o líder é o primeiro a aproveitar a oportunidade."
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"Pergunte ao Max" é a nova seção do blog. São trechos aleatórios do livro de mesmo nome do Max Gehringer da Editora Globo. Veja os posts anteriores aqui e aqui.
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