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quarta-feira, 6 de maio de 2009

Consciencia Ambiental

Converter em coisa um ser que tem interesse em sua própria vida, transformá-lo em cadáver, é o processo necessário para converter alguém em algo. A cultura carnívora disfarça o animal explorado e assassinado: não há presença criminal, o pernil é simplesmente comida. A leitura da seção Comida em ESCRAVIDÃO, neste sitio, fornece dados suficientes para se saber o que significa viver como objeto destinado ao consumo.

Tal forma de exploração animal, somada a todas as outras, reflete e acompanha escolhas feitas de acordo com um modelo de ser humano, portanto, de sociedade, ou seja, de uma determinada maneira de observar o mundo, relacionar-se com ele e nele atuar. Implica a dominação de um grupo por outro. Representa, também, um paradigma de violência institucionalizada.
Veganismo é ação direta
Matadouro de Liniers, Buenos Aires, Argentina.
Um dia em que, por motivos socioeconômicos,
não chegaram vítimas.

É abolição na vida diária






O que é Veganismo?


Suas origens remontam a Londres, Inglaterra: em 1944, Donald Watson e outras seis pessoas fundaram a primeira sociedade vegana do mundo. O principal objetivo era distinguir-se dos vegetarianos, que na realidade deveriam ser chamados de "ovolactovegetarianos", devido ao seu consumo de ovos e laticínios. A palavra "veganismo" vem do inglês vegan, que por sua vez deriva de VEGetariAN (utilizando as três primeiras e as duas últimas letras).

O veganismo é um estilo de vida que exclui todas as formas de exploração de animais e de crueldade contra eles, sejam elas para a finalidade que forem. É um vegetarianismo puro ou eminentemente ético. Vai além de não se ingerirem carnes, pescado, aves, ovos, leite, mel e seus subprodutos como gelatina, soro, gordura, etc. As pessoas veganas excluem roupas de origem animal (couro, seda, lã, peles) e produtos testados em animais (cosméticos, medicamentos, produtos de limpeza, etc.). Procuram uma medicina holística responsável, que não utiliza animais para experimentação e que pede a salvação de vidas humanas sem a tortura de vidas não-humanas.

Além de contribuir para o equilíbrio psicofísico do ser humano, o veganismo nos orienta para uma coerência ética na causa pelos direitos animais.


Tudo que fazemos a eles fazemos também a nós mesmos

Ao problema dos milhões de vítimas animais não-humanas, somam-se o da destruição ambiental causada pela criação de animais e o do enorme papel da ingestão de produtos animais na ocorrência de enfermidades humanas. Outro resultado dessa exploração é tornar cada vez mais escassos os recursos alimentícios para toda a humanidade. Vale repetir o conhecido slogan: “Torne-se vegano: pelos animais, o meio ambiente e a saúde”. Quem adota o veganismo o faz por essas três razões básicas, em conjunto ou separadamente. Apesar disto, é quase impossível ser um vegano “perfeito”. No mundo em que vivemos atualmente, tudo está relacionado, de alguma maneira, com os animais. Por exemplo, algumas bebidas alcoólicas, como o vinho tinto, são clareadas com sangue, leite e gelatina.

Para cada ser humano, há mais de 3 animais domésticos destinados ao matadouro. Esses animais usam mais de 50% das áreas produtivas do planeta. Para se produzir um quilo de carne, arrasam-se 1000 litros de água (recurso em constante diminuição, cuja falta provoca a morte de inúmeros seres humanos, e que é considerado um dos grandes problemas do milênio) e mais de 100 quilos de vegetais -- ao passo que a produção de um quilo de cereal necessita apenas de 100 litros de água e um pouco de adubo. Por isso, os sociólogos afirmam que o auge do vegetarianismo representaria o mais claro sinal da tomada de consciência ambiental.

O organismo humano evoluiu, no sentido físico, para poder viver sem ingerir outros animais e, no sentido moral (tanto pessoal quanto social) para poder fazer uma avaliação das escolhas humanas.

Por isso, a escolha da comida diária é muito mais que uma decisão pessoal. E o veganismo que propomos, muito mais que uma dieta.

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